quarta-feira, 28 de maio de 2008

Comunicado de la UJCE


miércoles, 28 de mayo de 2008
Comunicado de la UJCE



Hace unos días nos abandonaba el Comandante Manuel Marulanda, “Tirofijo”. Aquel a quien la oligarquía y el imperialismo habían dado por muerto en decenas de ocasiones, murió de muerte natural, rodeado por sus camaradas.

Manuel Marulanda nos deja en momentos difíciles para los procesos de lucha y de cambio que vive la patria de Bolivar, sometidos a un constante acoso mediático, político y militar por parte del imperialismo y de las oligarquías locales. Este acoso tiene su máxima expresión en las políticas que el fascista Álvaro Uribe aplica en Colombia, bajos las órdenes de la Casablanca contra las fuerzas populares, políticas, sindicales, sociales y guerrilleras.

Tirofijo ha sido uno de los más importantes dirigentes guerrilleros que ha dado el pueblo latinoamericano. Fiel al marxismo-leninismo, poseedor de una excelente visión táctica y estratégica, firme en la defensa del programa y de un compromiso inquebrantable con la lucha de los miles de hombres y mujeres que luchan contra el imperialismo y por el socialismo en Colombia, en Latinoamérica y en el mundo.

Tirofijo fue un dirigente campesino y un comunista, no un “terrorista” como intentan hacer crear el coro mediático servil a los intereses del imperialismo. Alguien a quien también “absolverá la Historia”.

Transmitimos nuestro pésame al Secretariado de las FARC-EP.

Seguimos apoyando decididamente la lucha del pueblo colombiano y apostando por una salida política del conflicto armado.

Marulanda, herói da América Latina

Miguel Urbano Rodrigues - 28.05.08

Sucessivos governos da Colômbia anunciaram a sua morte vinte vezes. As cadeias de televisão e a grande imprensa da Europa e dos EUA comentaram esse acontecimento e, com poucas excepções, insultaram e caluniaram o combatente. Depois divulgaram desmentidos para o ressuscitar. Porque Manuel Marulanda continuava vivo, lutando nas montanhas e selvas do seu país.

Ele sabia que não era eterno. Faleceu no dia 26 de Março. Mas, para decepção do fascismo colombiano e do imperialismo não foram as bombas e mísseis que abateram o comandante-chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-FARC. Marulanda morreu de um enfarte, algures na selva, com a sua companheira ao lado, rodeado de camaradas.

É necessário subir até Bolívar para encontrar na história da América Latina alguém com uma trajectória comparável. Ambos lutaram no mesmo cenário; ambos realizaram feitos que trazem à memória heróis mágicos da Ilíada de Homero. Mas, ao contrário do Libertador, Marulanda nasceu pobre numa família de camponeses do Quindio. Foram o espectáculo da miséria das populações rurais da Cordilheira e o sentimento de revolta contra a repressão de que elas eram alvo que fizeram dele um revolucionário. O guerrilheiro que aprendeu a ler já adulto tornou-se comunista ao compreender que a autodefesa dos camponeses era inseparável de uma luta maior, de dimensão planetária, contra a engrenagem de poder responsável pela violência que os esmagava e pela situação semi-colonial da sua pátria.

Quando a oligarquia bogotana e antioquenha identificou uma ameaça naquela «rebelde» que recusava amnistia e não se submetia, mobilizou um exército de 10.000 homens para destruir o grupo guerrilheiro que na remota Marquetália não entregava as armas.

Marulanda contava somente com 46 combatentes. Ocorreu então um dos muitos impossíveis que iriam marcar a sua vida de lutador. A guerrilha, combatendo quase diariamente, rompeu o cerco. Essa saga esteve na raiz das FARC. A guerrilha de Marquetália, armada com uma ideologia humanista e revolucionária, transformou-se com o rodar dos anos no Exército Revolucionário do Povo, uma força avaliada em 15.000 combatentes, que se bate hoje, 44 anos após a sua criação, contra o Exército de Uribe em 60 Frentes.

O escritor Arturo Alape, num livro belo, recorda situações e factos que, pela atmosfera de excepcionalidade, mais parecem coisa de magia.

Mas foram reais.

Marulanda atravessou muitas vezes os Andes, combatendo. Na Colômbia a Cordilheira ciclópica divide-se em três ramificações, separadas por vales profundos. E uma coluna das FARC, sob o seu comando, repetiu o que era considerado absolutamente impossível. Cruzou a Cordilheira Central, de Ocidente para Oriente, através de desfiladeiros ocupados pelo exército, rompendo sucessivos cercos numa campanha que leva Arape a concluir que Marulanda como estratego somente encontra precedentes em Alexandre, Aníbal e Napoleão.

ENCONTRO COM TIRO FIJO

A vida proporcionou-me a oportunidade de encontrar uma vez Marulanda. Foi em Junho de 2001 na aldeia amazónica de La Macarena, após um almoço oferecido pelas FARC a delegações da Cruz Vermelha e de diferentes países que tinham acompanhado o processo de intercâmbio humanitário de prisioneiros. As FARC, em gesto unilateral, tinham libertado naquela manhã uns 300 prisioneiros quase todos militares capturados em combate.

Foi o comandante Raúl Reyes, de quem eu era convidado, que me apresentou ao comandante-chefe das FARC, o então já legendário Tiro Fijo, como era conhecido pela sua pontaria. Durou escassos minutos a troca de palavras porque Marulanda estava rodeado de embaixadores de países europeus.

Chovia torrencialmente e a água que se despenhava do céu em cataratas sobre a cobertura de plástico que protegia o terreiro do almoço produzia um ruído tão forte que dificultava as conversas. Mas não esqueci que os diplomatas se dirigiam com muito respeito ao dirigente revolucionário, disputando-lhe a atenção.

Nenhum dos presentes poderia naquele dia prever que a União Europeia, cedendo a pressões de Washington, iria definir as FARC como organização terrorista e que o futuro governo de Uribe colocaria a prémio, por milhões de dólares, a cabeça de Manuel Marulanda.

Recordo também ter pedido ao comandante-chefe que me concedesse uma entrevista.

Quase lhe escuto ainda a sua resposta ao pedido, pronunciada com a lentidão que lhe tornava a voz inconfundível. Sugeriu uma data posterior ao meu regresso a Havana, cidade onde então eu residia.

Pedi-lhe então que respondesse apenas a três perguntas que enviaria por uma colega cubana, que, essa sim, poderia entrevistá-lo no dia proposto. Marulanda concordou e cumpriu. A entrevista foi publicada no Avante!

A LUTA DAS FARC PROSSEGUE

Desde essa jornada na Macarena, o governo da Colômbia anunciou várias vezes que Marulanda falecera ou estava moribundo. Mentia. Como mentiu ao repetir em diferentes ocasiões que as FARC tinham recebido golpes tão duros que estavam à beira da desagregação.

Não obstante aparecerem, com os seus 380.000 homens, como as mais poderosas da América Latina – equipadas com armas que Washington somente fornece a Israel – as Forças Armadas da Colômbia acumularam derrotas em todas as ofensivas que tinham por objectivo o aniquilamento das FARC. O resultado decepcionante do Plano Patriota nos Departamentos do Caquetá e do Meta ficou, aliás, transparente na renúncia de meia dúzia de generais do Exército.

O povo colombiano tem hoje consciência de que a escalada belicista de Uribe fracassou e que não há solução militar para a guerra civil.

Mas o governo neofascista de Bogotá fecha as portas ao intercâmbio humanitário de prisioneiros nas bases propostas pelas FARC que implicariam a retirada prévia de todas as forças militares dos municípios de Florida e Pradera.

As FARC numa demonstração de boa vontade, entregaram, entretanto, à Cruz Vermelha Internacional alguns prisioneiros em gesto unilateral. Mas Uribe respondeu inviabilizando a mediação de Hugo Chávez e da senadora liberal Piedad Cordoba.

A campanha, de matizes farisaicos que exige incondicionalmente a libertação de Ingrid Betancourt veio porém criar, paradoxalmente uma situação muito incómoda para Uribe. Ao tomar conhecimento de contactos entre o comandante Raúl Reyes e o governo francês, o presidente colombiano concebeu e executou – com a cumplicidade da Casa Branca e do Pentágono – o plano cujo desfecho foi o assassínio daquele comandante das FARC e de mais vinte dos seus camaradas na acção criminosa que violou a soberania do Equador.

A morte de Marulanda ocorreu a 26 de Março no auge da campanha de desinformação promovida pelo fascismo uribista – depois da manipulação dos computadores de Raúl Reyes – com o fim de comprometer os presidentes da Venezuela e do Equador e de apresentar as FARC como envolvidas em negócios do narcotráfico e de armas.

Tornar publico o falecimento de Marulanda nos dias em que Uribe proclamava, triunfalista, que as FARC estavam em processo de destruição como força de combate permitiria ao presidente neofascista utilizar o acontecimento para promover a confusão e a desinformação.

A divulgação da notícia foi assim atrasada durante muitas semanas até chegar ao conhecimento do governo de Bogotá.

A partir de então ocorreu o que se previa. Para além da torrente de calúnias da propaganda oficial, os epígonos do uribismo não se limitaram a festejar a morte de Marulanda, apresentando-o como bandoleiro e assassino. De especulação em especulação identificaram no desaparecimento do comandante-chefe da organização guerrilheira o prólogo do seu fim iminente. As Forças Armadas chegaram ao absurdo de afirmar que teria morrido possivelmente durante um bombardeamento do seu acampamento.

Perante as proporções da orquestração reaccionária, o secretariado do Estado-Maior Central das FARC considerou chegado o momento de tornar pública a morte de Manuel Marulanda. A notícia foi divulgada através de um comunicado lido pelo comandante Timoleón Jimenez e transmitido em primeira-mão pela Telesur venezuelana. Nesse documento a direcção das FARC informa que o novo comandante-chefe é o Comandante Alfonso Cano. E prestando comovida homenagem a Marulanda, pela sua capacidade de liderança, lucidez ideológica e talento como estratego militar, sublinham a decisão inquebrantável de prosseguir em todas as Frentes até â vitória final a luta pelo «poder político, por uma sociedade de justiça social e pelo socialismo».

As campanhas de calúnias contra as FARC vão continuar, paralelas à guerra cujo objectivo é o seu aniquilamento.

O fim desta guerra não tem data no calendário. Mas o povo da Colômbia já percebeu que Uribe e os seus ministros somente deixaram marcas na História pelos seus crimes. E está consciente de que Manuel Marulanda conquistou já a eternidade, ocupando lugar ao lado de Bolívar no panteão dos heróis autênticos da América Latina.

Serpa, 27 de Maio de 2008

retirado de odiario.info

terça-feira, 27 de maio de 2008

PCV rinde homenaje a Manuel Marulanda



Caracas, 27 Mai (Lusa) -- O secretário-geral do Partido Comunista da Venezuela (PCV), Óscar Figuera, defendeu na segunda-feira, em Caracas, a existência de uma "aliança estratégica" entre aquele partido político e a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

"O PCV e as FARC somos aliados estratégicos na luta contra o imperialismo", disse aquele responsável, numa entrevista ao canal privado televisivo de notícias Globovisión.

Por outro lado, sublinhou que há uma "coincidência de propósitos políticos" entre aquele grupo guerrilheiro e o projecto liderado pelo Presidente Hugo Chávez, para implementar, no país, um regime de "socialismo do século XXI".

"O que não há é um plano, em que nos ponhamos de acordo, que vocês fazem isto e nós aquilo", disse.

Segundo Óscar Figuera, para os comunistas venezuelanos, as FARC não são um grupo terrorista mas sim "um movimento político, militar e ideológico" que "não consta" sejam responsáveis pelos atentados que lhe são atribuidos, ocorridos em território colombiano e inclusivamente no sul do Estado venezuelano de Apure.

Por outro lado, salientou que os militantes do PCV "não condenam a forma de luta armada, porque é parte das formas de luta frente a um Estado (colombiano) que fecha as vias democráticas".

Óscar Figuera pediu um aplauso para o número 1 das FARC, Manuel Marulanda (Tirofijo), falecido a 26 de Março, vítima de um problema cardíaco, mas cuja confirmação da morte só foi conhecida publicamente no último fim-de-semana.

Denunciou que os EUA e o Governo da Colômbia avançam com "um plano para criar uma matriz (de opinião) e dizer que o Governo venezuelano tem vínculos terroristas", com base em elementos "montados" em alegados arquivos encontrados no computador de Raul Reyes (o número dois das FARC), assassinado a 1 de Março pelo exército colombiano, durante uma incursão no Equador.

O Partido Comunista da Venezuela conseguiu, nas eleições presidenciais de Dezembro de 2006, 340.000 dos 7,2 milhões de votos que obteve o Presidente Hugo Chávez.

Promoveu, na segunda-feira, um minuto de aplausos, como homenagem post-mortem a Manuel Marulanda.

Nesse mesmo dia, o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, sublinhou, durante uma conferência de imprensa, que as relações que o Governo de Hugo Chávez manteve com as FARC ocorreram a pedido da Colômbia, como facilitador de um intercâmbio humanitário para trocar guerrilheiros detidos por reféns.

FPG

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Alfonso Cano asume el reemplazo de Marulanda

Por Tribuna Popular, Partido Comunista de Venezuela

Se ha marchado el gran líder y de sus inagotables enseñanzas que nos maduraron en todos estos años a su lado, hoy, en medio de nuestro dolor, queremos resaltar por su vigencia y gran valor su profunda confianza en nuestros principios revolucionarios planes, propuestas y en la victoria de la causa popular.

Desde la Montaña de Colombia. A través de un video entregado al canal Telesur, Timoleón Jiménez, miembro del Secretariado de Las FARC-EP, confirmó la muerte de quien fuera el máximo líder del grupo guerrillero desde 1964.

Timoleón Jiménez, miembro del Secretariado de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo (FARC-EP), confirmó la muerte de Pedro Antonio Marín, también conocido con los sobrenombres de Tirofijo o de "Manuel Marulanda Vélez", quien fuera el máximo líder del grupo guerrillero desde 1964.

Informó, en un video enviado al canal Telesur, que Marulanda murió el pasado 26 de marzo, "en brazo de su compañera y rodeado de su guardia personal y de su seguridad, luego de una breve enfermedad. Le hemos dado honrosa sepultura. Lo despedimos honrosamente en nombre de los miles y miles de guerrilleros farianos y boliarianos y de los miles y miles que lo aman por encima de la asquerosa campaña mediática contra las FARC."

Alfonso Cano pasa a reemplazar a Marulanda en el secretariado como nuevo comandante. Como integrante pleno del secretariado ingresa Pablo Catatumbo y como suplentes Bertulfo Álvarez y Pastor Alape. El comunicado también expresa que las FARC-EP continuarán sólidamente unidas y que se mantienen vigentes las propuestas alrededor de los acuerdos humanitarios y las salidas políticas.

Comunicado del Partido Comunista de Chile

COMUNICADO DEL PARTIDO COMUNISTA DE CHILE

Santiago 25 mayo 2008.- La dirección nacional de las FARC ha informado oficialmente de la muerte de su fundador y máximo dirigente histórico, Comandante Manuel Marulanda. Al mismo tiempo, ha comunicado que asume como nuevo jefe del Secretariado de las FARC, el Comandante Alfonso Cano.

El Partido Comunista de Chile rinde homenaje a la figura y el legado del legendario guerrillero campesino colombiano, quien supo mantener en alto la lucha de su pueblo, y sostuvo en tiempos extraordinariamente difíciles y complejos los ideales del Socialismo y la Patria Grande que soñó Bolívar.

El ejemplo de Manuel Marulanda vivirá en la conciencia de todas y todos quienes aspiran en nuestro continente a conquistar la soberanía, la independencia nacional y la integración de los pueblos y naciones, superando la dependencia y las cadenas del imperialismo norteamericano.

El Partido Comunista de Chile saluda al nuevo jefe del Secretariado de las FARC, Comandante Alfonso Cano, y solidariza con los propósitos de alcanzar en breve plazo una solución humanitaria en la situación de los prisioneros; así como la búsqueda de una salida política nacional a la crisis en Colombia, cuya causa fundamental es la dependencia del gobierno de Uribe a las políticas imperiales norteamericanas. Esas políticas que intentan dividir, generar conflictos armados y someter a los pueblos, son las que impiden una solución que logre la paz en Colombia.


Guillermo Teillier

Presidente del Partido Comunista de Chile.


Juan Andrés Lagos.

Encargado de Relaciones Internacionales del Partido Comunista de Chile.

Homenaje Manuel Marulanda Vélez. Homenagem Manuel Marulanda Vélez

Homenagem a Raúl Reyes. Homenaje a Raúl Reyes.